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Neurologia e o Brasil comemoram os 60 anos da ABN

A Academia Brasileira de Neurologia viveu, em 3 de dezembro, mais um daqueles momentos mágicos de instituições de referência em medicina e saúde que constróem toda a sua história zelando pela boa prática, pelo compromisso inarredável com a ciência e pela assistência de qualidade aos pacientes. Associados, membros da diretoria e convidados marcaram presença no Hotel Intercontinental, em São Paulo, para destacar os 60 anos da ABN, criada na data emblemática em 1962.

As comemorações por mais uma década de relevantes avanços para a Neurologia foi aberta universalmente, sendo as inscriçoes realizadas pelas mídias digitais da Academia. Uma proposta democrática de acesso, que mostrou-se plenamente acertada.

Assim, em 3 de dezembro, mesmo que um sábado em meio à Copa do Mundo, a cerimônia teve audiência excelente. Por toda a manhã, entrando pelo início da tarde, houve exposições remontando a história da ABN. Um time de palestrantes de notório saber e vivências no associativismo apresentou testemunhos e palestras. Houve ainda um renonado conferencista internacional, Zbigniew K. Wszolek, MD, da Mayo Clinic na Flórida e professor de Neurologia na Mayo Clinic College of Medicine.

Com amplo envolvimento dos Departamentos Científicos, a programação percorreu assuntos como distúrbios neurodegenerativos raros, história da neuroimagem na Neurologia, neurogenética, grandes marcos em cefaléias, biomarcadores e suas implicações no futuro tratamento das demências, doença de parkinson, neuroimunologia, moléstias neuromusculares, utilização da toxina botulínica na Neurologia, marcos terapêuticos nas doenças cerebrovasculares, epilepsia e neuroinfecção.

Assim, houve uma viagem às origens até se chegar aos dias de hoje e o que foi agregado de valores e conhecimentos à especialidade.

Distúrbios neurodegenerativos raros

A conferência exclusiva de Zbigniew K. Wszolek, uma autoridade mundial no campo da genética da doença de parkinson, teve o título de “Rare neurodegenerative disorders: past and future, as exampled by CSFIR-related leukoencephalopathy”.

Ele discorreu sobre as principais descobertas observadas em distúrbios neurodegenerativos raros, utilizando como exemplo a leucoencefalopatia.

Mulheres na Neurologia

Em seis décadas de história, a despeito de inúmeras dificuldades e obstáculos impostos pela sociedade, as mulheres conquistaram espaço significativo na Academia Brasileira de Neurologia. E que sorte a nossa. A presença delas na ciência, tanto na pesquisa quanto em cargos de gestão, é benefício inconteste para todos, propiciando pluralidade de visões e acesso a mentes brilhantes.

Em palestra denominada “Mulheres na Neurologia”, Sônia Brucki, livre-docente em Neurologia na FMUSP, ressaltou a vitoriosa caminhada delas na especialidade, mas também chamou atenção do muito que falta a caminhar para romper preconceitos e alcançar a igualdade em oportunidades, remuneração, entre outros pontos.

Foi observado que, embora já tenhamos um número aproximado entre homens e mulheres membros da ABN, com 48% associadas do gênero feminino, é preciso aprofundar uma análise em termos qualitativos para que, além da quantidade, elas ocupem o mesmo espaço para serem ouvidas em debates e processos de tomada de decisão.

Nossa história

Fundada na década de 60, na cidade do Rio de Janeiro, a Academia Brasileira de Neurologia nasceu com o objetivo de ajudar a explicar, pesquisar e estudar os fenômenos relacionados à especialidade.

Com papel essencial no desenvolvimento científico e fortalecimento da Neurologia, ergueu, em seus 60 anos, um legado de valorização da especialidade, incentivo à educação continuada de seus membros, fortalecimento dos programas de ensino e residência médica, defesa profissional, apoio à subespecialidades neurológicas e promoção de eventos e discussões científicas essenciais.

Renovada e robusta na plenitude de suas seis décadas, se faz cada vez mais preponderante na área de atuação, na medicina e na saúde. graças à construção coletiva e soma dos esforços de cada um dos neurologistas do país, conforme pontua o presidente Carlos Roberto Rieder.

A ABN, naturalmente, tem ciência e consciência de que essa rota de avanços permanentes é um processo dialético e inesgotável. Aliás, inesgotável, compromissado e rico em cuidado de excelência aos cidadãos que se traduz na dedicação de cada um dos neurologistas do Brasil.

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