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Uma aventura científica com Daniel Kahneman

Rápido e devagar: duas formas de pensar é um verdadeiro fenômeno de Daniel Kahneman. O best-seller, que desde o seu lançamento, em outubro de 2011, integrou listas dos livros mais vendidos em todo o mundo, recebeu elogios de veículos como o Financial Times, o The Economist e o The New York Times. O sucesso se deve à abordagem inovadora de Kahneman ao explicar que pensamos de duas maneiras distintas, com emoção e com lógica. Que o leitor aperte os cintos: é hora de uma fascinante viagem pela mente humana.

Psicólogo e economista laureado com o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas de 2002, o autor apresenta um resumo de seus estudos sobre os processos cognitivos envolvidos em tomadas de decisão. Sua Teoria da Perspectiva ou Teoria das Duas Formas de Pensamento divide o nosso pensar em dois sistemas.

O primeiro deles, ágil, automático e baseado em intuições e emoções, é bastante útil naqueles momentos em que a tomada de decisão deve ser mais rápida – quando precisamos desviar de um obstáculo ao dirigir um carro, procurar de onde veio um barulho forte ou detectar hostilidade na voz do nosso interlocutor, por exemplo. No entanto, o Sistema 1 é suscetível a erros de julgamento, o que pode levar a decisões equivocadas.

Por outro lado, o Sistema 2 é mais lento, analítico e reflexivo. É responsável por uma inspeção cuidadosa dos dados e informações disponíveis – o que se mostra especialmente útil em situações complexas, quando muitas informações precisam ser levadas em consideração. Por exemplo: ao estacionar em uma vaga apertada, preencher um formulário, buscar alguém na multidão. Desse modo, por requerer maior esforço mental, o segundo sistema pode ser sobrecarregado com facilidade, tornando difícil tomar decisões racionais e bem embasadas durante ocasiões estressantes.

Kahneman pondera que muitas das nossas ações são influenciadas pelo Sistema 1, mesmo em situações em que confiar no 2 seria mais apropriado. Isso ocorre porque o Sistema 1 é mais simples de usar e exige menos esforço mental. Ele sofre ainda influência de preconceitos cognitivos, como a tendência de confiar em informações que confirmam crenças preexistentes (viés de confirmação) ou a tendência a dar mais peso a eventos recentes do que a passados (viés de disponibilidade).

Ao longo de todo o livro, o autor nos desafia a repensar suposições e oferece lampejos valiosos sobre como podemos aprimorar nossa capacidade de escolha e pensamento crítico. Além de atrair leitores interessados em psicologia, economia comportamental e outros temas, a obra também é indicada para neurologistas. Muitas pessoas que enfrentam doenças neurológicas experimentam alterações emocionais significativas – a compreensão de como as emoções afetam a tomada de decisões pode ajudar os médicos a melhor atender às necessidades desses pacientes. Uma ótima oportunidade, portanto, de analisar os caminhos traçados pelo cérebro.

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